domingo, 11 de janeiro de 2009

Agroturismo: uma idéia de Santa Catarina para o Rio

Em 1998 surgiu no Estado de Santa Catarina um projeto voltado para o desenvolvimento do turismo e da agricultura local: o projeto Acolhida na Colônia.

Me abstenho de explicar tal iniciativa com minhas palavras, assim, faço uso da descrição dos próprios organizadores do projeto:

"Somos uma associação de agricultores integrada à Rede Accueil Paysan (atuante na França desde 1987) que tem a proposta de valorizar o modo de vida no campo através do agroturismo ecológico.

Seguindo essa proposta, nós agricultores familiares de Santa Catarina abrimos nossa casa para o convívio do nosso dia-a-dia. O objetivo é compartilhar com você nosso saber fazer, nossas histórias e cultura, nossas paisagens... oferecemos hospedagens simples e aconchegantes com direito a conversas na beira do fogão a lenha, a tradicional fartura de nossas mesas e passeios pelo campo.

Cientes de nossa responsabilidade para com a natureza, praticamos e promovemos a agricultura orgânica como base do nosso trabalho, garantindo com isso uma alimentação saudável para nossas famílias e para você visitante".

Está certo que, hoje, a agropecuária representa apenas 0,4% do PIB estadual. No entanto, isso mostra uma boa capacidade de crescimento do setor, se aliado ao punjante turismo fluminense. Temos hoje alguma produção agrícola na Região Serrana e Norte Fluminense, que poderia crescer com o auxílio do turismo e com a concessão de incentivos estatais.

De forma nenhuma há aqui a tentativa ou o desejo de desenvolver uma agricultura forte no Estado do Rio, como há no Mato Grosso do Sul, em São Paulo ou no Paraná. Entretanto, o turismo ecológico hoje cresce e o Rio pode crescer neste sentido, ao mesmo tempo, gerando alguma riqueza, mesmo que pequena, para famílias que trabalhem com a agricultura.

Talvez até pudessemos pensar em modificar um pouco o projeto, fazendo com que ele abranja outras áreas, diferentes da agricultura, como as comunidades de pescadores ou aplicá-lo em áreas de praia. Sem dúvida geraria bons dividendos para o nosso Estado além de ser uma ótima oportunidade para famílias pobres e cidades pequenas que não oferecem muitas oportunidades.

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